Digam lá que o ratinho não é amoroso... e uma óptima forma de dizer bom dia
Ontem na maravilhosa aula de Psicologia (está a ser utilizado um recurso estílistico.. vejam lá se adivinham qual é... ) foi-nos proposto que na possibilidade de a morte nos vir bater à porta e nos pedir três boas razões para não nos levar, apresentassemos estas três boas razões... de forma a não incluir expressões como "os meus pais precisam muito de mim" .
Andei a pensar...
a pensar...
...
...
"Porque raio não há de ser a morte a dar-nos três boas razões para nos levar?!!"
"Ela não tem de te dar justificações..."
raios...
Pensei...
Pensei...
Tou a dar em doida de tanto pensar... Olha que gaita... Leve-me logo!! Pronto...
Vou pensar... Quando tiver uma ideia (ou melhor três ideias) brilhante(s) aviso...
Até lá é bom que não me venham bater à porta!!
"É melhor permanecer em silêncio e parecer um tolo,
do que abrir a boca e desfazer todas as dúvidas."
(Anónimo)
Só os totos falam quando se devem calar e se calam quando devem falar
Só os tolos agem quando devem pensar e pensam quando devem agir
Só os tolos ficam quietos quando se devem mexer e se mexem quando devem ficar quietos
Só os tolos condenam quando devem perdoar e perdoam quando devem condenar
Mas afinal... haverá alguma maneira de nunca passarmos por tolos?
Sim, há.
Isolarmo-nos.
Deixarmos de fazer o que quer que seja.
Não falarmos, não ouvirmos, não vermos.
Para nunca parecermos tolos temos de deixar de viver.
Mas valerá a pena?
By Sophia
"Have I possibly gone daffy?
What is this?
What's this?"
Ás vezes dá-me vontade de voar... Voar tão alto tão alto que tudo me pareça pontos dispersos... que todos não passem de fumo e que os "Adamastores" fossem apenas cócegas
Quando finalmente ganho asas... Consigo voar... ....
....
TUC!
TUC!
TUC!
Merda... Fecharam a janela....
Ainda por cima fecham a janela e ficam a olhar... Como se não percebessem...
Adoro conviver com ignorantes...
ßy Aηα M.
Há quem diga estar bem
Não precisa de ninguém
Pensas só no teu lado
És falso és...
Falas do que não sabes
E eu pago por tu falares
Escreves sobre o que não viste
É triste é
Tens o que ninguém quer ter
Não sabes sobreviver
A inveja é de graça
Eu dou-ta
Cada um sabe de si
Eu não devo nada a ti
Já te expliquei o que sinto
Não minto
Se o que está correcto
É dizer o que o outro diz
Fica calado
E serás sempre mais feliz
Porque o respeito ganha-se mas não se dá
Se procuras o céu aqui não tá
Expensive Soul (texto com supressões)
ßy Aηα M.
Não é muito nosso hábito postar vídeos mas achei que necessitavamos de uma nova dinâmica...
Espectacularmente doido é o que se pode dizer deste momento "único no tempo".
ßy Aηα M.
"Posso resistir a tudo excepto à tentação"
(Oscar Wilde)
Ao contrário do senhor Wilde acho que posso resistir a tudo...
Tem tudo a ver com o nosso nível de auto-controlo,
com a capacidade que temos de comandar o nosso corpo,
com a faculdade de decidirmos o que queremos ou não.
Posso resistir a tudo...
até à tentação.
Mas será que quererei?
By Sophia
"I know I'm gonna die so my revenge is living well
Oh Lord, make me pure - but not yet"
Ninguém sabe qual a consequência e qual a causa mas,
quando nascemos, alguém vira uma ampulheta ao contrário...
Desde cedo que nos informam da sua existência, nos fazem pensar na areia que vai correndo, nos fazem temer a altura em que a gravidade a puche toda para baixo. Porém esta ampulheta está velada por um negro manto de aveludado segredo que se mantém impenetrável deste o início do nosso tempo. Pela sua silhueta cintada não podemos precisar quantos grãos de oiro levará, quanto tempo demorará a acabar a contagem, quantos grãos de areia ainda temos.
Então tentamos levantar um pouco o pesado véu. Uns demoram-se mais tempo, outros menos, mas todos - quando lhes é dado esse tempo - acabam por se conformar...
Não é que deixem de ouvir, sentir, pensar na ampulheta, o som do impacto dos grãos de areia cadentes ecoa na estrutura de vidro paulatinamente... Apenas se habituam, ignoram, se conformam com a constante presença.
Imaginem que depois todos esses processos
alguém destapa a ampulheta?
Viver sabendo que vamos morrer?
Não é fácil, mas todos o fazemos...
Viver sabendo quando vamos morrer?
É difícil, uma tortura, quase insuportável...
... deixa-se de viver antes de morrer.
By Sophia
"Die, die we all pass away
But don't wear a frown cuz it's really okay
And you might try 'n' hide
And you might try 'n' pray
But we all end up the remains of the day"
Erradamente considerei-a uma língua morta... Como sempre, tive aquele amigo que me faz abraçar novos mundos e espreitar novos horizontes. Brigada
«ex abundactia enim cordis os loquitur» - «a tua boca fala do que está cheio o teu coração»
Quando um coração está cheio de paixão pela vida, pelo amor, de curiosidade, de vontade (...), reflecte-se nas palavras.
«Cada palavra é uma semente e o terreno onde medra é o coração do homem»
ßy Aηα M.
"Todos podem controlar a dor
menos aquele que a sente"
(William Shakespear)
Dores não se partilham,
dores não se transmitem, não se trocam
e são difíceis de quantificar...
Mesmo quando queremos
é-nos difícil imaginar a dor dos outros.
Mesmo quando queremos
é-nos impossível sentir a dor dos outros.
Mesmo que pudéssemos
isso seria demasiado doloroso para uma pessoa só.
Porque ninguém escapa à dor.
(Mesmo que a sofra em silêncio)
Todos sofrem nalgum momento da vida.
(quando a vida não é, em si, um calvário)
Todos, nalgum momento, se sente impotentes
por verem a dor dos outros,
se sentem culpados por não os poderem aliviar.
Isso, esse sentimento de impotência, de culpa
torna-se mais doloroso que a dor em si...
Quantos pais não tomariam a dor dum filho?
Quantos amantes não tomariam a dor do amado?
Quantos amigos não tomariam a dor do companheiro?
Quantos de nós tomariamos a dor dum estranho?
Mas não podemos fazer isso...
Elas não se partilham,
elas não se transmitem, não se trocam
e são difíceis de quantificar...
Terão algum lado positivo? Claro...
(Haverá algo que não o tenha?)
Permitem-nos ver quando algo está mal,
no nosso corpo, na nossa alma ou em ambos.
A dor avisa-nos, alerta-nos, previne-nos...
Não é culpa sua se não nos precavemos.
Muitas vezes ficamos desesperados
por sentir algo, por sentir que estamos vivos...
Muitas vezes a dor é o único sentimento
que não nos é vedado...
Aí infringimos dor a nós mesmos,
porque sempre é melhor sentir dor
do que não sentir nada de todo.
By Sophia
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Reza foi o fotógrafo que, ao serviço da National Geographic, tirou esta foto incluída na reportagem "Combate pela alma do Paquistão" da edição de Setembro de 2007 da revista da Sociedade.
Najma, uma rapariga de 16 anos, senta-se ao lado da mãe na cama onde recentemente foi violada, acto intimidatório cometido por agentes dum poderoso barão feudal paquistanês que pretendem afastar a família da sua propriedade. A polícia rejeitou o caso, procedimento normal neste tipo de casos que envolvem grande magnatas nesta parte do Mundo.
"De onde onde vem essa dor
se a causa não se vê...
Se não é por desamor,
então é uma dor de quê?
(...)
Certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito.
Não a mates, guarda-a bem...."
"When beggars die there are no comets seen;
The heavens themselves blaze forth the death of princes."
Diz-se que uma vida humana não tem preço. Não tenho a certeza se será realmente assim, mas não tenho dúvida que há umas que valem mais que as outras.
Não há igualdade na vida, desde que damos o primeiro berro nos braços do parteiro até a que o nosso último suspiro se dissolva no ar. Levamos toda a vida a tentar deixar uma marca antes de partirmos, mas na maior parte das vezes as pegadas na areia desaparecem mal a maré sobe e todo esse esforço foi em vão. Se bem que se tirarmos esse esforço da vida nada nela valha a pena.
Lutamos por viver, lutámos por o que temos agora e lutamos pelo que há-de vir sem ter a certeza que realmente a morte nos concederá esse tempo. Somos tantos que a hipótese de fazermos a diferença é mínima e mesmo que a façamos ninguém notará. A cada instante morre uma pessoa, mas o mundo não pára, o mundo nem nota. Mesmo não sendo "pedintes" (se é que mendigar por um pouco de vida não nos tornará nuns), os meros mortais não tem direito a "cometas" nem quando nascem, nem quando vivem, nem quando morrem.
Os céus podem resplandecer para alguns, mas não há aurora boreal que sempre dure... todos estamos condenados primeiro à morte e depois ao esquecimento, se bem que uns, por motivos bons ou maus, sejam lembrados por mais tempo pelos vivos.
Há-de haver um dia que um dia que o próprio Júlio César, o "princípe" frase, e até o grande Shakespear, que a ele dedicou a peça da citação, serão esquecidos... se bem que seja mais provável que aquele em que todos se esquecerão de mim tarde menos.
Enquanto espero por esse dia olho o céu, à procura nem eu sei bem de quê. Talvez espere um cometa...
By Sophia
(esta é uma imagem do cometa McNaught, descoberto no ano passado, foi tirada na Nova Zelândia e está no site inglês da National Geographic)
"High up in the sky the little stars climb
Always reminding me that were apart (...)
Leaving me a song that will not die"
Mafalda é uma “heroína iracunda que rejeita o mundo assim como ele é […] reivindicando o seu direito de continuar sendo uma menina que não quer se responsabilizar por um universo adulterado pelos pais” (Humberto Eco).
Esperemos que seja apenas uma gripe..
ßy Aηα M.
Talvez seja o vento que não é suficiente para a trazer ou talvez a intensidade desta não baste para percorrer o caminho até à varanda do prédio, mas o que é certo é a sua falta. A falta do seu crepitar na pele e do seu cheiro a sal provocam na paisagem uma relativa perda de sentido. As estrelas, envergonhadas, escondem-se atrás dos mantos brancos de veludo que teimam com a lua. Ao longe ouve-se a euforia dos ingleses sabe lá Deus porquê! De quando em quando o latido de um cão ou de um carro que passa, mas mais barulho fazem as teclas do computador enquanto escrevo apressada como se não houvesse amanhã.
Não imaginam o prazer destes simples momentos. O prazer de esperar o vibrar do telemóvel avisando que nos chega a mensagem que tanto queremos; o prazer de ouvir pouco mais do que um latido ou outro na imensidão do espaço; o prazer de nada ouvir; o prazer de nada ver; o derradeiro prazer de ficar sentada sabendo que nada se espera tudo se alcança e que, pelo menos, essa noite é só nossa.
Quando de manhã percorri com os olhos o jornal semanal inglês distribuído no Algarve para além das “gordas”, ou seja dos principais cabeçalhos, dei especial atenção a uma secção do mesmo onde eram expostas algumas pequenas citações consideradas sábias ou quiçá somente interessantes. Passo a transcrever a que me pareceu menos sábio e por isso mais certa: “É impossível não acabar sendo como os outros julgam que somos.”
Esta meia dúzia de palavras dá-nos água pela barba... Uma noite inteira e três páginas não seriam suficientes para a descortinar. É por isso que arrumo a bagagem, desligo a luz e preparo-me para ir dormir o mais profundo dos sonos sem o incómodo dos filósofos ou outra espécie rara, sonhando apenas em ser menina.
ßy Aηα M.
Este é um fragmento dum dos textos da biblioteca de Nag Hammadi, um manuscrito encontrado numa pequena cidade egípcia com esse nome no ano de 1945.
Acho fantástica a dualidade do texto, afinal são essas contradições dentro das próprias pessoas que lhe conferem alguma humanidade. Não direi ‘quem nunca errou que atire a primeira pedra’, isso sim seria errado... mas quem nunca se sentiu paradoxal, confuso, incoerente pode fazê-lo, os restantes certamente que segiurá o exemplo.
Porque eu sou a triste e a sorridente...
Eu sou a indecisa e a convicta...
Eu sou a monótona e a inconstante...
Eu sou a ignorante e a letrada...
Eu sou a faladora e a que fica sem palavras...
Eu sou a pessimista e a que não desiste...
Eu sou a conformada e a esperançosa...
Eu sou a sem tempo e a disponível...
Eu sou a inocente e a perversa...
Eu sou a criança que anseia crescer e a mulher que chora a idade...
Respeitem-me, Desprezem-me,
Estimem-me, Maltratem-me
Amem-me, Odeiem-me,
Porque sou eu, sempre... mesmo quando faço por o não ser.
By Sophia
“Os homens lutam pela liberdade e conquistam-na com grande dificuldade;
os seus filhos, criados tranquilamente, deixam-na escapar novamente;
e os netos voltam a ser escravos.”
Eça de Queiroz
Vemos as nossas liberdades a escaparem-nos lentamente pelos dedos, a afundarem-se num profundo mar do esquecimento, a baterem no fundo, a perderem-se no escuro. Quando mais tempo demoramos a reagir, mais nos escapam e mais afastadas elas ficam, fugindo do nosso alcance. Mas aguentamos... enquanto tivermos um pedaço que seja, não nos vergaremos para apanhar os restantes, nem serraremos o punho para suster as que nos restam. Quando ficarmos de mãos vazias e olharmos o vizinho num misto de vergonha e inveja, aí sim recuperaremos as liberdades, todas. Entretanto não ouve uma única que não se aloje no fundo, teremos de fazer um grande esforço, despender muita energia no mergulho demorado, sofrer com o suster da respiração obrigatório. Mas recuperá-las-emos todas de certeza. No pico do esforço ainda faremos o voto de nunca mais voltar a deixá-las escapar, mas quando as tivermos de volta, acomodar-nos-emos, descansaremos e a memória humana voltará a dar provas da sua volubilidade, faltaremos à promessa.
Tudo se repetirá, como sempre se repetiu.
By Sophia
"Say you want a revolution
We better get on right away
Well you get on your feet
And out on the street"
. Is it Still "The Beginnin...
. Antiquitera (XIV) - Epílo...