Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título
Virginia Woolf
Eles não sabem nem sonham muito do que nos vai na alma, metade do que nos aflora o espírito, ou mesmo, parte do que fazemos conscientemente. Os verdadeiros não nos pedem certezas, apontam-nos ridicularidades, não nos secam as lágrimas e, por vezes, até nos cessam o sorriso.
Porém, os amigos não são, nem devem ser, “leitores” das nossas vidas. Quantos de nós não pensou, fez ou acreditou em algo que os amigos não sabem e não queremos nós que saibam?
Um passado encerra em si muitas páginas, muitos parágrafos, um maior número ainda de pontos de interrogação e, quem dera a nós, que fosse escrito a carvão... Torna-se um livro impossível de ser lido por todos, excepto por nós próprios. Um livro ilegível. O livro ilegível.
Quando partimos restam apenas os títulos, que em jeito de saudosa despedida, eternizarão um estado de graça que é ser.
Diz-se que pelos títulos de se vê um livro... Então o meu seria, sem dúvida Fusão - Simetrias da Morte , porque tudo o que faço é vida, e a vida é simétrica à morte.
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