Aqui à dias enquanto procurava algo na televisão que merecesse a minha atenção demorei-me alguns minutos num determinado programa da manhã em que se abordava o famoso tema Madelain McCan e a problemática da morte explicada às crianças.
Segundo o psicólogo convidado a idade a partir da qual as crianças devem acompanhar um enterro ou funeral situa-se nos 14 anos. Fiquei perplexa!! Mas que raio... Com 10 já se pode explicar às crianças o que é sexo mas não é “aconselhável” do ponto de vista psicológico deixar a criança acompanhar um enterro!
Discordo completamente deste profissional. Actualmente é tudo traumatizante para as crianças: se levam uma palmada com razão ficam traumatizados; se vão a um enterro ficam traumatizados; se vêem notícias na televisão de catástrofes naturais, desaparecimentos, etc ficam traumatizadas... É ridículo! A culpa é dos pais que não sabem desempenhar a sua função sem recorrer à opinião de psicólogos.
Em pequena levei muitas palmadas, todas com razão absoluta por parte dos meus pais e não morri, não estou traumatizada, sou uma rapariga completamente normal, não me drogo, tenho óptimas notas e uma vida invejada por muitos. Não sou menina mimada e se algum dia for mãe com certeza seguirei a educação dada pela minha mãe que felizmente se tem verificado dá melhores resultados que a aconselhada pelos psicólogos.
Fui pela primeira vez a um funeral com pouco mais de 5 anos. Era o funeral da minha avó que morrera
Mais recentemente presenciei o enterro de um primo. A sua filha não faltou ao enterro. Aliás fez-se questão que ela visse onde foi enterrado o pai. Não sou perita mas acho que ela não ficou traumatizada, seguiu a sua vida e é agora uma criança completamente normal.
Não percebo este tabu da nossa cultura e de tantas outras à morte se afinal de contas é das poucas certezas que temos na vida. Fazem dela um ‘bicho de sete cabeças’ quando se deve encarar de forma natural, embora não arbitrária nem de ânimo leve.
ßy Aηα M.
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